sexta-feira, 6 de março de 2009

Eletroconvulsoterapia

26/2/2009

Artigo de Lee Wachtel, do Instituto Kennedy Krieger, apresenta o caso do garoto D., autista de 8 anos de idade, que praticava intensa auto-agressão: sem contenção, o garoto bateu em si mesmo, na cabeça, 109 vezes por hora. Devido a essa condição, o menino não podia acompanhar a escola.

Usualmente, medicação ou abordagens comportamentais têm se mostrado eficazes no controle de tais comportamentos, mas neste caso não surtiam efeito.

A condição de D. passou de 109 para 19 episódios de auto-agressão por hora, através da aplicação de terapia eletroconvulsiva três vezes por semana, durante cinco semanas. Em cada sessão, foi-lhe aplicada anestesia e um relaxante muscular. Foi usado o tratamento bilateral, o que significa que lhe foi aplicado um eletrodo de cada lado da cabeça, sendo que os pulsos elétricos fluíram através dos eletrodos e o cérebro.

Ainda que o exato mechanismo de como essa terapia trabalha não seja conhecido, os autores postulam que vários sistemas de neurotransmissores podem ter sido afetados e talvez ajudem a reverter algumas das características comportamentais do autismo.

Wachtel lembra que este é o primeiro caso documentado de uma criança autista reduziu com sucesso comportamentos auto-lesivos ao receber a terapia eletroconvulsiva.

Case study suggests new therapy for autism
http://media.www.jhunewsletter.com/media/storage/paper932/news/2009/02/26/Science/Case-Study.Suggests.New.Therapy.For.Autism-3651583.shtml

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